terça-feira, 4 de novembro de 2008

Hoje

Hoje, é m daqueles dias em que o sorriso se faz apenas para encobrir a tristeza.
Trsteza essa que tem um nome... solidão.
Sinto -me como diz naquela música do rui veloso, mas já não sou propria mente uma adolescente...
A qualquer instante a lágrimas teimam em cair, mas faço tudo para as impedir, não me posso deixar vencer pela tristeza, embora ela me persiga a cada instante...
Durante o dia os risos ecoam, os sorrisos abrem-se...mas chega a noite, fico sozinha e sou abraçada por esta solidão imensa... esta solidão de não ter em quem pensar, de nao ter por quem me preocupar de não ter por quem deitar a cabeça na almofada á noite e acordar com um sorriso pela manha...aquilo a que nós chamamos razão de viver. Embora, tenha consciencia de que a maior razão de viver que possa ter seja eu propria, mas falta -me o abraço, o sorriso devolvido, alguem que lute por mim, alguem que se preocupe comigo, alguem que divida esse trabalho comigo, porque um trabalho de equipa ( quando esta trabalha bem em conjunto) sai sempre melhor e é mais prazeiroso do que um trabalho monotono e isolado.

Ela morreu....

Se perguntarem por ela, digam que ela morreu. Morreu perdida naquele sorriso, afogada naquele mar azul de um olhar.Se perguntarem por ela digam que ela ão esta...Partiu para sempre, libertou-se das amarras e foi. amarras que a mantinham viva. Por isso digam que ela morreu. Mas se perguntarem por mim, digam que eu estou aqui de braços abertos, sorriso alegre, a viver e a espera de viver cada vez mais.E mesmo assim ainda perguntam por ela?Talvez...talvez tenha restado m pouco dela em mim,pelo menos aquela fé de que o dia a seguir será diferente, nao desistir de um amigo porque outro me foi desleal, não desistir do amor, porque pessoas falharam.... talvez ainda resista a vontade de sonhar. Mas ela morreu e eu estou aqui.Mais real, mais racional, mas exigente, mas mais mulher. Sim, e ao contrário dela não desistir,ir e frente lutar, mas viver um dia de cada vez. De braços estendidos para abraçar o amanha e viver intensamente o bom e o mau. Ela morreu mas eu estou aqui, para o que der e vier.

Porque sim...

Um dia perguntaram-me porque escrevo.
Apenas escrevo para exorcizar os fantasmas que guardo cá dentro. Escrevo porque me ajuda a tirar o punhal que me cravaram no coração, serve de analgésico para a dor que ás vezes sinto. Escrevo porque escrever me sabe bem. É como ir para o meio do nada e gritar, gritar até não poder mais.Perder-me no mundo e encontrar-me nas palavras, reflectir.
Não me importa se escrevo bem, se os outros vão gostar, se tem lógica (ou não) aquilo que escrevo.
Escrevo porque escrever consola-me. Escrevo porque escrever é o lenço que limpa as lágrimas, é o sorriso partilhado, é o abraço que falta,é o ombro amigo...
Escrevo porque sim...

Quanto mais me bates...

Hoje dei por mim a pensar. Pensar nas pessoas e na sua capacidade de se dar. De dar a sua amizade,atenção,amor...
Infelizmente cheguei a uma triste conclusão.
Hoje, numa altura em que tudo acontece a correr,em que tudo é instantaneo e tem data de validade... Muitas pessoas ainda vivem segundo o ditado do "quanto mais me bates mais eu gosto de ti". E pergunto-me porquê?
Se calhar, contra mim falo, porque pode ser uma reacção que nos ultrapassa,mas não consigo compreender as pessoas que tratam mal e ignoram quem as trata bem e correm insistentemente atrás de quem as maltrata.
Possivelmente, é caracteristica do povo português que insiste no sofrimento,na tristeza e de ser o "coitadinho" ou é mesmo masoquismo de quem se maltrata a si próprio para dar valor a quem não o tem e vivem neste ciclo vicioso do "quanto mais me bates mais eu gosto de ti"

Joana Castro / 2008
Por vezes deixamos k a vida nos passe ao lado e ficamos a olha-la passivamente,sem nada fazermos.Dizemos sempre que temos tempo,deixamos sempre tudo para o dia seguinte, como se o tempo fosse algo nosso,mas o tempo não é de ninguem e temos que viver a vida...viver no sentido real da palavra e nao apenas sobreviver a cada dia que pasaa,pois a nossa vida pode mudar de um momento para o outro.
Quando somos confrontados com a morte,seja de um familiar,de uma amigo,ou apenas de alguem que conheciamos de vista ou da televisao,entre muitas outras coisas sentimos que somos muito pequenos.Pequenos demais para a imensidao e o misterio que é a vida. Sentimos que no fundo estamos apenas de passagem e que nao depende de nos ficar por cá mais ou menos tempo.
Somos como que peças de um tabuleiro de xadrez que vão sendo movimentadas, e desses movimentos surgem as nossas experiencias,sorrisos,lagrimas,amizade,amor...
Por vezes ficamos tristes por coisas tao inuteis e nao vemos que muito perto de nos pode estar alguem que realmente esta mal,que realmente precisa de ajuda,por vezes da-mos valor a certas futilidades ,quando em muitas partes do mundo existem pessoas que nao têm o que comer..
E quando a vida nos pregar uma partida tenhamos coragem suficiente para seguir em frente,pois temos a sorte de ainda estarmos vivos e podermos lutar pelos nossos sonhos.

2006