quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Não, não é cansaço...

Não, não é cansaço...
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar.
É um domingo às avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo...
Não, cansaço não é...É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Como tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.

Álvaro de Campos

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Despertador...

Fiz como faço todas as manhas quando o despertador toca. Digo sempre para mim : "`Só mais 5 minutos", mas quando dou por mim, já passou meia hora da hora marcada. A coragem para sair da cama é muito pouca, lá forapode estar frioe não consigo nem sequer por um pe de fora.
Eu sei...senão me levantar não vivo o novo dia que nasce , não arrisco... mas prefiro ter a certeza do calor da minha cama do que a incerteza do que me espera lá fora.
Acabei por ganhar coragem e lá fora não me agurdava só um dia frio.. A neve caia insistentemente...

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Hoje, enquanto viajava no metro dei por mim a pensar: sera que alguma vez amei verdadeiramente alguem? ou apenas vivi os sentimentos por carencia e por isso julguei amar? se naquela altura fosse quem sou hoje sera que tinha amado da forma que amei? Para essa pergunta nunca terei resposta mas n deixa de ser pertinente pensar...

E hoje volto á estaca zero da confusão.. não sei o que pensar nem o que sentir, não sei se os sentimentos actuais sao apenas fruto da imaginaçao e do dia a dia, se são um mero capricho ou são reais?

Hoje, fico a espera daquela mensagem que nunca chega, de um sorriso , um olhar revelador e os meus ouvidos só ouvem"tens que ter calma" ai já tou tão cansada de ter calma e de lutar, que só me apetece viver estilo Ricardo Reis a ver a vida passar. Há que esperar... Mas quem espera, desespera ou sempre alcança?

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Hoje

Hoje, é m daqueles dias em que o sorriso se faz apenas para encobrir a tristeza.
Trsteza essa que tem um nome... solidão.
Sinto -me como diz naquela música do rui veloso, mas já não sou propria mente uma adolescente...
A qualquer instante a lágrimas teimam em cair, mas faço tudo para as impedir, não me posso deixar vencer pela tristeza, embora ela me persiga a cada instante...
Durante o dia os risos ecoam, os sorrisos abrem-se...mas chega a noite, fico sozinha e sou abraçada por esta solidão imensa... esta solidão de não ter em quem pensar, de nao ter por quem me preocupar de não ter por quem deitar a cabeça na almofada á noite e acordar com um sorriso pela manha...aquilo a que nós chamamos razão de viver. Embora, tenha consciencia de que a maior razão de viver que possa ter seja eu propria, mas falta -me o abraço, o sorriso devolvido, alguem que lute por mim, alguem que se preocupe comigo, alguem que divida esse trabalho comigo, porque um trabalho de equipa ( quando esta trabalha bem em conjunto) sai sempre melhor e é mais prazeiroso do que um trabalho monotono e isolado.

Ela morreu....

Se perguntarem por ela, digam que ela morreu. Morreu perdida naquele sorriso, afogada naquele mar azul de um olhar.Se perguntarem por ela digam que ela ão esta...Partiu para sempre, libertou-se das amarras e foi. amarras que a mantinham viva. Por isso digam que ela morreu. Mas se perguntarem por mim, digam que eu estou aqui de braços abertos, sorriso alegre, a viver e a espera de viver cada vez mais.E mesmo assim ainda perguntam por ela?Talvez...talvez tenha restado m pouco dela em mim,pelo menos aquela fé de que o dia a seguir será diferente, nao desistir de um amigo porque outro me foi desleal, não desistir do amor, porque pessoas falharam.... talvez ainda resista a vontade de sonhar. Mas ela morreu e eu estou aqui.Mais real, mais racional, mas exigente, mas mais mulher. Sim, e ao contrário dela não desistir,ir e frente lutar, mas viver um dia de cada vez. De braços estendidos para abraçar o amanha e viver intensamente o bom e o mau. Ela morreu mas eu estou aqui, para o que der e vier.

Porque sim...

Um dia perguntaram-me porque escrevo.
Apenas escrevo para exorcizar os fantasmas que guardo cá dentro. Escrevo porque me ajuda a tirar o punhal que me cravaram no coração, serve de analgésico para a dor que ás vezes sinto. Escrevo porque escrever me sabe bem. É como ir para o meio do nada e gritar, gritar até não poder mais.Perder-me no mundo e encontrar-me nas palavras, reflectir.
Não me importa se escrevo bem, se os outros vão gostar, se tem lógica (ou não) aquilo que escrevo.
Escrevo porque escrever consola-me. Escrevo porque escrever é o lenço que limpa as lágrimas, é o sorriso partilhado, é o abraço que falta,é o ombro amigo...
Escrevo porque sim...

Quanto mais me bates...

Hoje dei por mim a pensar. Pensar nas pessoas e na sua capacidade de se dar. De dar a sua amizade,atenção,amor...
Infelizmente cheguei a uma triste conclusão.
Hoje, numa altura em que tudo acontece a correr,em que tudo é instantaneo e tem data de validade... Muitas pessoas ainda vivem segundo o ditado do "quanto mais me bates mais eu gosto de ti". E pergunto-me porquê?
Se calhar, contra mim falo, porque pode ser uma reacção que nos ultrapassa,mas não consigo compreender as pessoas que tratam mal e ignoram quem as trata bem e correm insistentemente atrás de quem as maltrata.
Possivelmente, é caracteristica do povo português que insiste no sofrimento,na tristeza e de ser o "coitadinho" ou é mesmo masoquismo de quem se maltrata a si próprio para dar valor a quem não o tem e vivem neste ciclo vicioso do "quanto mais me bates mais eu gosto de ti"

Joana Castro / 2008